Nomofobia: entenda este perigo que atinge cada vez mais crianças

19 de outubro, 2018
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A chegada dos smartphones mudou nossa visão a respeito de celular. Atualmente, ele não é mais usado somente para uma conexão de áudio. Entretanto, o que você provavelmente não sabia é que o uso assoberbado dos aparelhos eletrônicos pode causar uma séria dependência chamada nomofobia.

 

A nomofobia é a compulsão caracterizada pelo medo – irracional – de ficar isolado ou desconectado do mundo virtual. E, na falta do smartphone ou tablet, os sintomas são bem parecidos aos das síndromes de abstinência de drogas, como, por exemplo, álcool e cigarro.

 

A doença geralmente está atrelada com comorbidades secundárias de outros transtornos, tais como a ansiedade, fobia social, síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), entre outros.

 

Você já parou para pensar em quanto tempo do seu dia você passa no celular? E seu filho?

 

Os adolescentes de hoje em dia se tornaram tão alienados com o uso demasiado da tecnologia que normalmente são incapazes de enxergar o mundo ao redor deles. Os chamados “zumbis de smartphones” agora caminham vagando pela casa e durante seus intervalos de aula.

 

E até mesmo em um momento de diversão das crianças, todos os momentos são documentados através de vídeos, fotos e até mesmo mensagens de textos através de aplicativos.

 

Outros hábitos comuns como assistir muitos vídeos no Youtube, jogar jogos por muitas horas seguidas e ler livros online também podem levar à dependência de internet.

 

De acordo com o Projeto de Pesquisa de Internet da PewResearchTrust:

  • Mais de 90% dos cidadãos norte-americanos possuem um smartphone;
  • 67% dos usuários verificam o smartphone para chamadas, mensagens de texto e atividades de mídia social, mesmo quando o telefone não está tocando;
  • 44% dos proprietários de smartphones dormem com seus telefones ao lado de sua cama para se certificar de não perder nenhuma mensagem de texto, chamada ou alerta de mídia social durante o sono;
  • 24% dos usuários admitem que não podem imaginar suas vidas sem smartphones.

 

Conforme um estudo do comportamento com smartphone recentemente feito pela Universidade de Derby, na Inglaterra, os smartphones são psicologicamente viciantes para as crianças, além de encorajarem um comportamento narcisista e, segundo eles, “os smartphones deveriam vir com um alerta de saúde”.

 

É importante que você estude o comportamento de seu filho enquanto usa o celular. Observe a constância com que ele verifica o aparelho, sua reação quando a bateria acaba ou quando a internet para de funcionar. Faça perguntas para ver se o seu filho está atento ao que você fala.

 

Abaixo separamos algumas coisas que você pode fazer para tornar o tempo com seu filho o mais proveitoso possível e que ele não sinta tanta necessidade de permanecer conectado quando estiver desfrutando de momentos especiais.

 

Celular no lugar certo

Reduza o uso de smartphones em alguns cômodos da casa. Por exemplo, na cozinha e na sala de jantar enquanto as refeições são preparadas e consumidas.

 

Horários especiais para o uso

Estabeleça horários especiais. Talvez por duas horas depois da escola. Dessa forma, as crianças podem usar seus smartphones para acessar mídia social, jogar e usar bate-papo.

 

Qualifique o tempo com a família

Não usar smartphones na mesa deve ser uma regra. E isso inclui o modo silencioso e o “eu só estou dando uma olhadinha”.

Jantares com a família, aniversários e feriados familiares de um modo geral devem ser “livres de smartphone”. Todavia, permita exceções para capturar momentos especiais em fotos e vídeos.

 

Dê o exemplo

Filhos são o reflexo dos pais. Por isso, não use o celular nos momentos que pedi-los para não o usarem. Principalmente no trânsito ou em lugares cujo o uso é proibido.

 

Monitore sempre que achar preciso

Diga ao seu filho que como um pai você tem permissão para monitorar sua atividade online. Então, a criança só usará o que lhe for permitido pelos pais.

 

Crie atividades tão prazerosas quanto

Reúna os amigos dos seus filhos para uma noite de jogos, que tal? Contudo, a regra é ninguém usar celular e aproveitar ao máximo aquele momento de diversão junto com pessoas queridas.

 

Algumas formas de nomofobia são difíceis de superar. Sendo assim, é extremamente difícil quando estímulos cercam um adolescente em quase toda parte.

Caso esse extremo ocorra, procure ajuda profissional. Afinal, os profissionais da saúde mental podem ajudar o seu filho sem criar qualquer tipo de tensão familiar.

 

Pode parecer muito pesado falar sobre esse assunto relacionado às crianças. Porém, a ideia é que elas deixem cada vez mais de usar aparelhos eletrônicos conectados à internet para brincarem como crianças.

Especialmente com jogos educativos, para que elas possam aprender de forma leve, brincando.